terça-feira, 5 de novembro de 2013

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

insônia


“Não consigo dormir. Tenho um homem atravessado entre minhas pálpebras.
Se pudesse, diria a ele que fosse embora?
Mas tenho um homem atravessado na garganta”.
― Eduardo Galeano

quarta-feira, 5 de junho de 2013



Hoje ganhei um presente (lindo).

Assim, no meio da semana, sem data comemorativa alguma (e olhe que meu aniversário é só em setembro). Uma surpresa gostosinha, de arrepiar a alma toda. Veio em forma de abraço, confissão e acalento. Na entrega do presente, uma cartinha escrita à mão e uma frase que vai ficar aqui guardada (e pendurada), junto com o quadro: “Escolher amigos é como colher flores”.

Nessa vida difícil e corrida, doar e receber carinho, nessa dimensão, é algo raro. Bondade e gratidão combinam, o amor é soma. Floresce, ramifica… Sem exigências, enganos ou porquês. Sentimentos que não se explicam, como energia... acontece. E é recíproco.

Obrigada tia, pela amizade que tu me dá em dobro. 




"Gather ye Rosebuds while ye may", de John William Waterhouse! (1909) 
*Presente de tia Roberta Machado.

domingo, 10 de março de 2013

assim, aqui:


De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias,
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças…

Cecilia M.

terça-feira, 5 de março de 2013

-


Do que adianta, qualquer coisa na vida, se não tiver ardor, sabor, dor, suor, frescor, cor, labor e, lógico, amor? Nenhum dinheiro, nenhuma roupa, nenhuma comida, nenhum filme, música, compromisso, nenhuma lembrança, meta, viagem, vontade, saudade, amizade... nada valeria (a pena) e não haveria significado real. Me sinto pequena diante da vontade enorme que transborda aqui. Mas refaço a letra e aceito a condição de ser, apenas, feliz. Dá trabalho, mas compensa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

.

A cura pra tudo é sempre água salgada: 
o suor, as lágrimas ou o mar.

Isak Dinesen

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

o que tem pra hoje:


a palavra que faz falta,
o excesso de dúvida.

sábado, 29 de dezembro de 2012

dez/2012

Seis anos de blog me dá um medo tremendo.

O que fiz nesses últimos seis anos? Quem eu fui e sou agora? Quem eu deixei de ser, o que sou agora, pra onde estou indo? Estou feliz? Satisfeita? Ou continuo resmungona e insatisfeita com tudo?

Vontade de reler alguns post's, e fiz. Me deparei com momentos na vida tão ridículos e outros tão importantes e decisivos. É a assim que a gente é, né? Depois que passamos o problema, os traumas ou as paixões para trás, tudo parece meio ridículo. Ou menor. Depois que encontramos algo verdadeiro pra se agarrar ou temos a maturidade de receber as coisas boas, tudo parece maior e mais significativo.

Revi algumas dores e me vi perdida nos anseios e descobertas que esperava encontrar. Nas vezes perdida, era onde mais estava encontrada, só não sabia que caminho escolher. Escolhi o caminho certo?

Blog, um dia te leio inteiro e tento entender o que eu era e pra onde eu vim.

Mas obrigada por ter sido fiel, não ter me feito desistir no meio do caminho, por ter ajudado a entender quem eu sou e o que eu deveria ser. Ainda sou insegura e covarde, ainda sou durona, chorona, criança cheia de anseios. Mas hoje tenho verdade nas mãos, vontade de ser outra o tempo inteiro, toda hora. E sem medo disso. Hoje me encontro, mesmo sem saber pra onde ir. Ainda.

Apenas estou indo... me ajuda a encontrar um novo ano cheio de portas, janelas, quintais e caminhos abertos.

o/

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Hohoho


Ganhei presente de Papai Noel antecipado e veio daqui: Loja de Histórias.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

assim.


sábado, 6 de outubro de 2012

Por causa e acaso

Eu sonhei.

Manhã de sol forte. Blusa branca até os joelhos, calcinha preta. Pernas de fora, corpo trêmulo. Cabelo em coque, alguns fios caindo no rosto, franja cortada em retalhos que mais pareciam raízes. Nas pernas tinta lilás salpicadas, e alguns tons de verde bandeira e musgo. Cheiro forte de essência que saia dos poros. Cheiro de pele molhada pelo mar e exposta ao sol.

Um quadro branco de uns 3 metros por alguns outros mais. Metros e metros de uma energia dilacerante. Como se a alma precisasse de tinta pra reagir. E qualquer expressão fosse pequena pra retratar o quanto precisa exprimir e extender e perdoar através da arte.

Pinceladas desconexas, algumas gotas de suor se misturavam com algumas outras poucas lágrimas que escorriam no rosto, no pescoço, entre os seios. Mistura de prazer com purificação, tesão, medo, saudade.

Sabia o que fazia, pra onde ia e o que queria. No sonho, sabia vomitar e perdoar. Entendia o porquê de sentir, nas entranhas, uma força renovadora e intensa. Sucumbir entre verdades e gozo, entre palavras com sentido e sentimento de amor próprio.

Jogar tinta no chão, no branco, no corpo, escorrendo pelos dedos, pêlos, na ponta de cada vontade encoberta, nas vísceras e nos vícios, no batimento acelerado do peito, desenhos em forma de suplica, de autopunição, de lealdade e amor.

Uma luz azul saindo da barriga e do ventre uma chama.
Olhos de verniz.
Língua colorida.
Coração acrílico.

Aonde está a liberdade? 
Aonde está a transparência? 
Aonde está a coragem desse quadro?

Vontade de comprimir o corpo na tela e ser pendurado na parede.
Ser contemplado com desconfiança e ternura. Como se um pedaço de carne pudesse apodrecer entre tinta, lágrima, prazer, felicidade e verdade.

Ou amadurecer diante dos teus olhos.

domingo, 26 de agosto de 2012



"il y a toujours qui aime et qui se laisse aimer".

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Quando você quer mais que os pés, a voz, as mãos, os desejos, o sorriso, o abraço, as vontades... quando você quer tudo junto de uma vez só. E só.

domingo, 29 de julho de 2012

.paz.


Holi from Variable on Vimeo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Quando as palavras e sensações brincam de dançar no seu corpo.

sábado, 14 de julho de 2012

Fotografia é o retrato de um côncavo, 
de uma falta, de uma ausência.

Clarice L.

terça-feira, 19 de junho de 2012

domingo, 3 de junho de 2012

revolts

Cansada de falso moralismo. De quem recita a paz interior em comunhão com o outro e contrai o vírus do umbiguismo: aquele que sua própria vontade passa por cima dos outros. Mas assim... passa por cima dos outros num pulo silencioso, quase gentil. Mas não é. É feio, mascarado, covarde, permissão pra se enganar e enganar o outro. Cansada de ler gente recitando palavras enfeitadas, com voz mansa, e agredir o respeito ao outro. Gente sonsa, gente que prega uma melancolia estúpida. Que fala doce e cospe amargo.

A maior lealdade não é a sua consigo mesmo, essa é fácil praticar, só ser capaz de perceber a força que a sua deslealdade causa em quem ama. Lealdade ímpar é não subestimar/desrespeitar o sentimento que compartilha com o outro.

sábado, 21 de abril de 2012

Sempre soube que escrever com dor no corpo é mais prazeroso,
não um prazer feliz com boca de sorriso
um prazer que maltrata e alivia, satisfeito.

sentimento masoquista quando se junta com a saudade.

terça-feira, 13 de março de 2012

365 = muito


Meu coração inteiro
forte, saudável, seguro
sincero, acolhido, feliz

e gordo.
Gordinho.
De amor.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

termômetro

de uma bateria muscular.



Aquele suspiro involuntário que o peito dá quando bate o cansaço. Som de eco "ufa" gritando algo irreconhecível. Túnel entre sua cabeça, coração, mãos e pés.

Não pedi pra estar aqui. Ou pedi? Se não foram com palavras, as ações acusam. Qualquer erro é demais pra um corpo virginiano. É o fim da picada. Delírio racional. Razão pra quê? Se crescimento pessoal não está a altura de defesa. Julgamento com dedo na cara é a resposta pra uma vida imatura. Pra um sentimento imaturo. Pra uma cabeça insegura. Eu pago pela língua, pela boca, pela saliva. Qualquer sentimento liquido, liquidado. Paguei pra ver com o corpo, o preço me custou alto – uma alma debilitada. Remédio em caixinha de segredo, pílula dissolvida embaixo da língua. Colírio pra boca, spray pros olhos. Febre interna.

Queda de humor dói mais que tornozelo torcido. Pesa mais que barriga vazia. Medo de encontrar algum espaço fundo, dentro das minhas próprias inseguranças... e não sair dali. Viver o irreconhecível me dá ânsia... e vontade de ver qual é. Tendência infantil de torturar, antecipadamente. O desconhecido me amedronta, mas me dá sabor.

Humor bipolar, amor unilateral.

Vontade de fugir porque sou covarde. Mas tão covarde, que não consigo sair desse buraco, apesar de raso. Ligeiramente retardada, sentimento ofegante.

Quero abraçar meu próprio medo
mas meus braços são curtos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Não só o corpo
mas o pensamento inteiro
suplica por uma viagem.



Longa.
Alma longe.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

NY: saudade

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Eu sei!



Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

62Kgs


Alargar, alargar

pra dentro.


Insaciedade, gula, estômago vazio.
Cabeça pesada, coração cansado
Vontade: mastigar.


Tô morrendo de fome.


Quero duas doses de altruísmo, sem gelo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

.

‎"infelicidade é uma questão de prefixo".

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Uma folha em branco não permite passar a página ou fechar o livro,
uma folha em branco serve pra preencher.




ou, amassada
ser jogada no lixo.

sábado, 31 de dezembro de 2011

- juro







Ambição, dinamismo, determinação, extremamente independente e criativo, muita iniciativa, inteligente, tendências ao egoísmo, uma pessoa exigente consigo mesma, perfeccionista, inflexível: se acha a “dona da verdade”, tende a ser teimosa. Líder por natureza e muito confiante em tudo aquilo que realiza, você tem sempre um objetivo a alcançar na vida e nunca se deixa abater por nada, por mais difícil que isso possa parecer. É bastante controlado em suas finanças e determinado em suas ações com a família e amigos. Aprecia as coisas exóticas e vibra com lugares bonitos. No relacionamento amoroso, costuma usar um pouco de autoridade; quer sempre comandar. No sexo, vive buscando novidades e adora fazer surpresas que deixem a pessoa amada muito feliz.










(Não sei onde achei isso - quando li a primeira vez...
tava no meu e-mail, em dezembro de alguns anos atrás.
Achei que era sobre mim).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

29.12.2011


Acaba 2011, acaba logo. Já deu, né? Cansada dos teus dias, tuas horas, tuas nóias, tuas desculpas e promessas. Vai embora, pra longe. Fica no meu passado. Leva contigo teus fins de semanas, teus feriados, madrugadas, dias de insônia, de choro, de tristeza. Termina logo comigo. Não temos mais como voltar atrás, não precisamos disso. Os meses passaram, não preciso de mais dias esse ano. 

Guarda teus momentos felizes, aquelas risadas que preencheram dias e dias, aqueles minutos de frio na barriga e que não deveriam passar nunca. Volta na minha memória em forma de lembrança bonita, recordações de amanhecer dos dias, algum pôr do sol por ai, detalhes de pingos de chuvas nas plantas, até neve pode me trazer de volta. Aqueles dias que acordei sorrindo, disposta a viver 24h de certezas e sorrisos. Calendário de alegrias, onde os dias fizeram parecer feriado aqui dentro.

Não quero ter mais saudade do passado, de nada e nem ninguém. Não quero me arrepender pelos momentos não vividos, pelos mal vividos, pelos que vivi pela metade. Não quero ter saudades porque não quero que nada inacabado tenha espaço para preencher nem um minuto dos meus novos dias de 2012. Saudades do que fui de melhor, das pessoas que valem a pena, das pessoas que já se foram, dos momentos felizes - só isso, isso tudo, já é muito. O resto não é saudade, é passado. Que fiquem bem guardados, bem longe da minha recordação.

Vai 2011... te deixo ir em paz. Não vou te esquecer nunca na minha vida. Você foi um divisor de águas. Me mostrou caminhos errados, atalhos covardes, direções inteligentes. Uma espécie de provação. Ou provocação. Me fez engordar como nunca, jogou meu emocional no lixo, me refez em lágrimas, me mostrou uma força que não imaginei existir, me deu colo e apoio. Apagou a luz do meu quarto, me fez sentir o pior ser humano do mundo e o mais frágil, mas me deu certezas e confiança, uma coragem que não acreditava. Me deu tempo. 

Vivi 25 anos em 365 dias.

Me deixa respirar e colher minha maior idade em 2012.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

feito uma onda

.
Amaré.

Ascendente em libra



Deve ser imã. Alguma corrente indigena, entidade umbandística. Deve ser falha genética. Da minha personalidade. Tarôlogia explica. Numerologia acha. Nem Freud tenta. Nem Clarice, nem Caio. Nem eu. Deve ser retorno. A lei. Aquela lei. Aposta divina. Uma marca de nascença. Alguma covardia que fizeram. Uma rixa. Algum tipo de imaturidade espiritual. Pé na cabala. Prenda de criança. Mediunidade. Déja vú é fichinha.

Cansei de brincar com isso, sou café com leite.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

passe

-

Tenho saudade de você
que não vem me ver todo dia
nem alisa meus cabelos quando vou dormir

Mas é uma saudade cotidiana
Daquelas que bocejam de manhã
E sentam do meu lado no ônibus

Tem vezes que se esconde nos meus dedos
Se retrai nos meus pêlos e dentes e língua

Que saudade de você
(que) vem me ver
um dia (?)

sábado, 22 de outubro de 2011

Querido diário,

te achei patético esta manhã.


Te escrevi linhas e linhas de uns gritos agudos, mas nada pareceu dimensionar o tamanho desse som. Não vou te dar a honra, nem orgulho, de saber o que se passar aqui dentro. Porque, o-que-se-passa-aqui-dentro, é gigante demais para transcrever. 


Você desprezaria meus dramas e receios... essa minha ingenuidade ridícula de se assumir. Você engoliria minhas palavras como um túmulo debaixo da terra. Não quero apodrecer meus sentimentos aqui. Quero vivê-los.


Hoje eu vou escrever no meu próprio corpo.
Mas é só por hoje. Combinado?


Amanhã me abraça e me deixa um espaço em branco, porque só assim eu sei dizer quem eu sou. Sem máscara, sem pontuação racional. Com uma sensação por dia pra definir e explicar.


Subterfúgios e afins - anota estas únicas palavras pra hoje, como um brinde.


Até breve,
C.

sábado, 8 de outubro de 2011

É o que está certo


                                                  Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Brinquedo antigo ou vice-versa

Vai e vem
vai e vem
vai e vem
vai                                                                                                  e vem?


meu coração é um ió-ió sujo de lama.

Amarrado no dedo feito uma esperança sufocada.
Sustentado por um cordão fino, degastado, encardido.
Aquele êxtase intenso. Imagem dividida e embaçada
de um amor rodopiante.

Amor ponta cabeça, coração ió-ió de plástico duro
Transparente e envernizado por um brilho ilusório

Minha postura de criança segura-o contra o peito
nesse vai e não-vem remediável e assustador

Só um nó no meio disso tudo?
Desafroucha o ritmo inteiro.

Gira gira gira ió-ió,
pulsar agora é lucro.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Varanda

É só colocar a cabeça pra fora da janela e ver,
dentre as inúmeras luzes que se acendem e se apagam,
de casas e edifícios alheios...

Deve ter gente com mais problemas que eu.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ainda bem



Que agora encontrei você.

VI

a gente sofreu mais do que devia,
menti e não merecíamos,
pulamos obstáculos que não eram pra existir,
enfrentamos muito, em pouco tempo,
pensamos em desistir,
nos machucamos,
choramos copiosamente,
lágrimas duras, ardidas
nos perdemos,
brigamos,
doeu, doeu, doeu, dói
tem coisas que a gente não vai esquecer
tem coisas que a gente vai aprender
tem coisas que a gente vai ultrapassar,
insegurança apareceu
dúvida surgiu
medo persiste

mas te dei colo
tu me desse
lágrimas de felicidade também,
sorrisos gigantes,
frio na barriga
e olhar de criança

Beijo, abraço, carinho
Inteiros

A gente aprendeu a se gostar,
e agora eu te amo mais do que antes.

Seis vezes mais. Como nunca amei ninguém.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Despertador

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

-

Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos, emoções. 


     | Caio Fernando Abreu

terça-feira, 30 de agosto de 2011

.

Alfinetar

só serve
pra
remendos.