sábado, 22 de outubro de 2011

Querido diário,

te achei patético esta manhã.


Te escrevi linhas e linhas de uns gritos agudos, mas nada pareceu dimensionar o tamanho desse som. Não vou te dar a honra, nem orgulho, de saber o que se passar aqui dentro. Porque, o-que-se-passa-aqui-dentro, é gigante demais para transcrever. 


Você desprezaria meus dramas e receios... essa minha ingenuidade ridícula de se assumir. Você engoliria minhas palavras como um túmulo debaixo da terra. Não quero apodrecer meus sentimentos aqui. Quero vivê-los.


Hoje eu vou escrever no meu próprio corpo.
Mas é só por hoje. Combinado?


Amanhã me abraça e me deixa um espaço em branco, porque só assim eu sei dizer quem eu sou. Sem máscara, sem pontuação racional. Com uma sensação por dia pra definir e explicar.


Subterfúgios e afins - anota estas únicas palavras pra hoje, como um brinde.


Até breve,
C.

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