sábado, 25 de fevereiro de 2012

termômetro

de uma bateria muscular.



Aquele suspiro involuntário que o peito dá quando bate o cansaço. Som de eco "ufa" gritando algo irreconhecível. Túnel entre sua cabeça, coração, mãos e pés.

Não pedi pra estar aqui. Ou pedi? Se não foram com palavras, as ações acusam. Qualquer erro é demais pra um corpo virginiano. É o fim da picada. Delírio racional. Razão pra quê? Se crescimento pessoal não está a altura de defesa. Julgamento com dedo na cara é a resposta pra uma vida imatura. Pra um sentimento imaturo. Pra uma cabeça insegura. Eu pago pela língua, pela boca, pela saliva. Qualquer sentimento liquido, liquidado. Paguei pra ver com o corpo, o preço me custou alto – uma alma debilitada. Remédio em caixinha de segredo, pílula dissolvida embaixo da língua. Colírio pra boca, spray pros olhos. Febre interna.

Queda de humor dói mais que tornozelo torcido. Pesa mais que barriga vazia. Medo de encontrar algum espaço fundo, dentro das minhas próprias inseguranças... e não sair dali. Viver o irreconhecível me dá ânsia... e vontade de ver qual é. Tendência infantil de torturar, antecipadamente. O desconhecido me amedronta, mas me dá sabor.

Humor bipolar, amor unilateral.

Vontade de fugir porque sou covarde. Mas tão covarde, que não consigo sair desse buraco, apesar de raso. Ligeiramente retardada, sentimento ofegante.

Quero abraçar meu próprio medo
mas meus braços são curtos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ai meu Deus, que felicidade! Tanta, mas tanta saudade. Devia te contar que passei muito tempo mandando mensagem para um número de celular que achei que era o teu...

Geni

C.D disse...

Geni, não acredito que tu fez isso comigo. Me mandou mensagens pra celular errado. :/

Aparece, sempre.