domingo, 5 de outubro de 2008

Raiva de mim mesma

Odeio servir de utilidade. Não que não goste de ser útil. Adoro ser - meu grande problema. Gosto, me faz bem. É incontrolável. Mas odeio tentar conquistar sentimentos, acreditando ser sentimentos fora da leviandade hipócrita que é comum depararmos, e no fim das contas, saber que, um percentual enorme foi por causa dessa utilidade. Se eu não for o meu melhor e demonstrar o meu melhor, fodeu. As coisas mudam de lugar como se nunca antes tivesse existido sentimentos, que acreditava eu, serem tão diferentes. Que engano. Como sou ingénua. Não aprendo nunca na vida? Odeio ser idiota assim, odeio ser útil de graça, por mais que a única utilidade bonita é a de graça. Não reclamando por eu ser. Mas sim que: por eu ser útil, uma vez não sendo, me torno outra? É entendível? Por isso achei foda escutar que a pessoa só ama verdadeiramente quando perde a utilidade, para dar espaço a significação.
Sobre a significação vou ficar calada. chateada demais por saber que, mais uma vez, as aproximações tão lindas na minha vida, foram resultados dessa bosta dessa utilidade.
Posso ser egoísta? Hipócrita?
Vou dar uma olhada no meu próprio umbigo.

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