quinta-feira, 5 de maio de 2011

Recicla-se um músculo

(Eu deveria ter pedido um drink, Caio!)

Ter escutado mais, feito menos. Vergonha na cara vs. tapa na cara.
Verdade bisturi. Ferida aberta da ponta do pé ao juízo.

Nada é mais absoluto que meu caráter.
Frágil, frágil... eu?

Nada foi mais pequeno que meu tamanho de voz
ação, honestidade e mais uns quinhentos gritos.

Que piada de mau gosto,
contei, blefei, vivi.

Voz trêmula,
vômito no meu reflexo.
Que infame.

Ressaca de falta de vinho é moralismo falido.

Me culpo, me culpo - deixa

(!!!):

Nada é mínimo diante o excesso de maresia na garganta.
Da poeira na minha paz de espírito.

Só dói quando respiro
ar, ar, ar, ar, ar, (me) amar - cadê?

Duas doses, Caio.
                assim,
bêbada,
teria controle das minhas ações acumuladas de liberdade estragada.

Golpe nas minhas próprias costas,
golpe na minha sorte.

O que fica depois do deslize
se essa chuva num pára?

Deveria ter (me) amado
e não carregar esse vazio
de um coração encharcado.

Céu nublado aqui dentro.
Lá fora ta fazendo sol?


E eu deveria ter usado guarda-chuva.

.

Deveria tanta coisa.

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