sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cão-sem-dono



6h10 da manhã. Silêncio melancólico. Eu na calçada, ele do outro lado da rua. Ambos se olhando. Andou devagarinho, meio vago, na minha direção, olhou, andou mais um pouquinho, bebeu água e continuou me olhando. Eu, na sombra, sorri. Ele, no sol, deu meia volta. Indo embora, parou, virou a cabeça e me olhou de novo. Entrou noutra rua e foi embora cheio de respostas. A gente trocou e se tocou com os olhos.

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Sorte a minha ter registrado isso em imagem.
E no coração.


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