13 de junho

Eu poderia escrever um monte de coisa legal aqui. Desabafar algumas ruins. Poderia citar um livro que vi na estante e só li algumas folhas, falar da música que fica repetida no celular enquanto vou dormir. Deveria explicar algumas coisas, como o rumo que esse blog tomou nos últimos seis meses ou que estou seriamente com perda de memória racional ou até mesmo que quebrei o dente comendo arrumadinho e provavelmente irei implantar um novo. Drama? Não é drama não, um pedaço dele veio junto com o feijão. Drama mesmo sabe o que é? É querer uma coisa que: 1- Não consigo definir; 2 - Não consigo ficar longe; 3 - Não consigo esquecer. Sem falar que o drama pode ser maior quando você acredita que é melhor ficar longe, pior ainda, é quando decidem isso por você. E já que não sou eu decidindo, como garantir alguma coisa? Como ser quisto, ser visto, ser tudo isto? Odeio rimas assim. Daí que, poderia dizer que estou morrendo de medo de chorar agora, de novo. De não consegui sair dessa maré. Ou de não querer sair e continuar nadando. Posso comentar que fiquei de férias hoje, segunda-feira aviso a minha chefe que deixarei o trabalho e que fui enganada por um canalhinha metido. Poderia dizer que estou me sentindo uma criança. Birrenta, ciumenta, malcriada. Que só queria colo. Ou não. Poderia vir aqui dizer que estou me sentindo ridícula. Que nada em mim tem feito graça, que acordo pensando em azul e durmo amarela. Que queria chorar agora e não consigo, porque simplesmente tô pedindo a mim mesma, com todas as forças, pra não fazer. E que o motivo mesmo sendo muito grande não pode me dominar toda hora. Queria poder dizer que estou sendo uma péssima companhia ultimamente, que por mais que me esforce, fico distraída entre minhas procuras e isso é chato. Que não consigo firmar um compromisso, ter um idéia nova ou um planejamento. Não consigo comer nada que me sacie, não consigo escutar três músicas seguidas, nem ler duas páginas, nem digitar o resto desse post.