quarta-feira, 27 de maio de 2009

"Aqui"

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Tenho sido tão fingida ultimamente que nem vontade de escrever eu tenho. Vontade de poucas coisas. Pouquíssimas. (Não sei porque estou explicando isso pra mim mesma, deve ser maneira de me convencer de alguma coisa ou não. Ou só necessidade de colocar pra fora o restinho que sobrou).

Não há vingança, nem jogos, nem como fazer diferente. Manipular ou negociar. Por isso, por perder o controle, que tenho fingido pra mim mesma que está tudo bem, obrigada. Sou-grande-e-forte-pra-superar. Não é, é tudo mentira. Tem um peso aqui que não sai. Sufoca fisicamente. Me tira a vontade de almoçar, de andar. Das poucas vontades, as mais servidas são de deitar a cabeça no travesseiro e dormir. Esquecer impossível, mudar o passado pior ainda. Sei que há drama demais, as coisas poderiam ser diferentes se eu fosse madura. Mas não sou. Queria ser esperta, conseguir distanciar da distância, respirar novos ares, concentrar o pensamento em coisas produtivas. Mas não consigo. Tá foda, admito. Odeio me sentir fraca e refém das coisas sentidas sem controle.

Passa?

Passa, é uma fase. Uma fase que dura meses, mas passa. Vai passar e não tô falando isso da boca pra fora não. É preciso. Tudo na vida passa, mas nem tudo que passa a gente esquece. Mas isso é outra história. Queria apenas que passasse logo.


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