sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ânsia

:

se prontificar por audácia camuflada; se submeter a arrastar a cara no chão e depois, subitamente, levantá-la desfigurada de um humor-que-finge-agüentar-piadas-contra-sua-própria-derrota; chegar ao ponto de aceitar migalhas de atenção e grãos de afetividade; se irracionalizar em prol de uma batalha insana, fajuta, perdida entre provações imaginárias; se contaminar por necessidade - doença que ataca os nervos, a pele, os batimentos cardíacos, que só dói quando você respira e implode reações involuntárias de um sentimento premeditado, de uma sensação acovardada por mania ou desespero. Se dualizar por causa de uma só ou de uma sensação de novidade mais velha que a fome. Fingir demência aos ouvidos. Frases metafóricas de uma voz presa na garganta.

O tanto que, por cativo infantil ao peito, me permiti - seja por falta de Q.I emocional, imaginação grávida ou destino filho-da-puta que aglomerou arrepios, mãos trêmulas e sufoco na alma, eis que:

peço desculpa a mim mesma pela maturidade de sentir.

2 comentários:

Geni disse...

Ai caralho...mais estomago revirado. Doendo.

É, menina...viver é se jogar voluntariamente de cara no cimento.

E paro por aqui, nao vou conseguir ler mais nenhum post. Nao hoje!!

Geni disse...

"Eu tô perdido
Sem pai nem mãe
Bem na porta da tua casa
Eu tô pedindo
A tua mão
E um pouquinho do braço

Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas poções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam"

Pode nao, velho!