quinta-feira, 19 de março de 2009

implícita

Eu queria querer ser maior que o próprio sentir. Pra aniquilar excessos. Contar nos dedos o essencial e pronto. Tá ótimo por aqui, aqui assim ó - pela metade. E as coisas se tornariam ótimas de serem sentidas. Seria leve - a alma. Já que nunca cobrei ou precisei de muito, sempre me contentei com o óbvio, porque agora não dá certo? Queria não querer. Queria ter vergonha na cara por ficar fingindo força. Superioridade barata. Nunca tive, nunca vou ter. Mas forço a barra, sou ótima atriz e péssima realista. Sadomasoquista e covarde. É uma penitência pra tornar a vida compreensível? Besteira. É só eu-contra-o-alheio que não quer. É só uma menina mimada querendo tornar possível o que quer, sem saber, sabendo, que existem outros quereres. E esses outros quereres não dependem do meu sacrifício.

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