quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Córrego da Areia

Subi no ônibus sabendo que ia descer algumas muitas paradas antes da minha. Subi porque sabia que ia descer e pegar um outro ônibus pra chegar em casa. Subi sem lembrar que tinha subido, sem saber direito que ônibus pegara, para onde estava indo e aonde ia ser a descida. Entrei, sentei, abri as janelas, coloquei o rosto quase todo pra fora e fui seguindo, com o ônibus e suas paradas, seus destinos, seus passageiros.

Súbito, solicito a parada! No escuro salto, em outro bairro, às 22h40, com uma câmera fotográfica na bolsa e a cabeça atordoada.
Mãe, perdi a parada, vem me pegar!
Tun dun tun dun tun dun - meu coração batendo mais forte que anteriormente.
Parei, desci, voltei;
pra minha realidade
obrigatória.

Nenhum comentário: