terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não tem explicação, não tem, não tem.

É impressionante como nada do que faço é seguramente espontâneo. Premeditado. Quase tudo. É um saco! Tenho sempre que acreditar que qualquer coisa, seja mais ralé ou sem significância possível, é algo manipulável. Preciso sempre colocar motivo em alguma coisa. No que acontece, no que vai acontecer, nos acasos e até pensamentos. Quando não posso tocá-los, posso adicionar adjetivos e florear com por causa disso, a partir de, através, pra, por, com...
Um amigo disse, certa vez: "Tua frase é 'No sentido de...'". É! Essa coisa chata de dar sentido, explicação, resposta, motivo, simbologia e o caráideasavoador à tudo. Horror. É cansativo. Sem falar no meu amormor pela subjetividade e entrelinhas... Esse nem vou falar. É por isso que ultimamente não consigo vir aqui descarregar as baterias. Uso as palavras - frases, fragmentos e músicas, de outros. Só pra poder descansar de mim mesma.
É excesso de um tudo que tem medo de ser reduzido a nada. Que se perca por aí, sem motivos...

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