quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cadê a minha fatia?

E eu preciso de tão pouco, mas tão pouco, que fico com pena de mim mesma. Porque raspas e restos sempre me interessaram. E isso é muito pouco, minhagente. Aliás, é pouco - nunca muito, muito menos muito pouco. É triste.
Esses pequenos gestos e atitudes, principalmente quando vêem com compaixão, dá embrulho no estômago. Preciso me submeter a isso? A sempre ser consolada com a metade das coisas, em ser coadjuvante de qualquer história? Não preciso de falso moralismo, nem de pena, nem de utilidade, nem de ocupação. Pra n-a-d-a.
Meu amor próprio se vende, se troca, se submete. Atende, permite, sacrifica. Em nome de quê? De quem? Porquê?
O pior é a minha cara de abstração, de fingir ser superior, de que não atinge.
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O pior é que atinge, em cheio, sempre.

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