quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Súbito

Eu queria deixar bem claro que não sou uma pessoa infeliz. Que sei ser boazinha e amável. Sei cumprimentar crianças e atravesso velhinhos nos sinais. Queria deixar claro que nostalgia não é frustração e não me torna depressiva. Eu adoro viver. Só ainda não me adaptei ao mundo. Ainda sou criança, apesar da idade. Sou imatura, admito. Mas eu queria deixar bem claro que ler e escrever sobre o que sinto, não é sinônimo de fraqueza. Que Clarice Lispector não é só escuridão e Caio Fernando Abreu não é só dor. Queria deixar certo que esses dois são essência que respondem. Das muitas perguntas, eles respondem. Queria deixar claro que escrever qualquer bobagem, como essa aqui, é uma forma de libertar, mesmo que já esteja solto. Que não pretendo atingir ninguém - mentira, que não preciso de conselhos - mentira, e que não preciso explicar tudo que vi. Queria deixar bem claro que minha verdade é congestionada porque a deixo subtrair pelos olhares alheios, mas que não faz de mim uma fingida. E por fim, preciso dizer que de amor estou farta, mas totalmente madura do que quero.

Ass.
Alter ego.

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