sábado, 2 de agosto de 2008

Desnecessariamente útil

Eu sei que você não consegue me encarar. Sei que não consegue escutar minha voz por perto e por muito tempo. Você fica agoniado, desajeitado. Sei que meu poder nunca foi acreditado, mas dessa vez, querido, sei que você não consegue disfarçar o quanto ele lhe perturba. Coitado! Não que você pudesse me ter a qualquer hora, você quem era minha vítima. Fazia o que queria, do jeito que queria. Coitada de mim ter dado tanto espaço. Mas foi divertido brincar com sua fragilidade. Ainda é! Faço de propósito, é minha vingança. Vingo tudo o que você achava que me cabia, seu descaso e imaturidade. Me vingo com meu próprio veneno, me lambuzando de sadismos às suas custas. Quem sabe um dia eu lhe conto, só pra você ter a certeza de que nunca me teve. Porque eu nunca te quis, beibe.

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