terça-feira, 22 de julho de 2008

Às 10h, na pracinha:

eu e uma menina de uns dez anos nos embarramos encandeadas pelo sol. Uma sorriu primeiro. A outra retribuiu com uns olhos cheios. Não sabia quem era quem. Nem sequer sabíamos quem éramos. Vamos ficar aqui pra brincar um pouquinho?. Não foi pra mim e nem dito por mim. Inveja daqueles olhos e daquele desejo. Ela não sentiu o que senti e nem percebeu o que vi. Inveja do sol ter tocado naquela ingenuidade. Uma felicidade sem culpa. Tudo que fiz (quis), depois, foi a sombra daquele instante.

Simples como tem que ser, profundo como não deveria.

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